quarta-feira, janeiro 31

home sweet palacio...

O palácio é casa e jardim.

O palácio é Porto antigo.

Lá as gaivotas não têm nome e comem sempre a sopa até ao fim.


Os pavões têm janelas para o café e o café, quando lá dentro, é uma casa da árvore onde se avista o jardim por entre os galhos. Os pavões dormem ali mesmo juntinho onde encontram o conforto de não ter que estudar, da parte de fora.


As aves, em todas as suas espécies, fazem constantes aterragens de emergência em cada queda divina de migalhas, sobras ou qualquer confusão inexplicada com comida alheia. Elas tem uma hierarquia bem definida: salve-se quem puder primeiro, porque salvar salvam-se todas.

No palácio tenho uma varanda só pra mim e estacionamento pra bicicleta. A minha varanda fica a sudeste e de lá consigo ver descer o Porto antigo, com a beleza perceptivel só à distância.






Vê-se também um rio D’ouro que se faz reflectir no céu e pinta a prateado as nuvens.



As gaivotas fazem a ligação entre o mundo e o mundo exterior, o qual é perfeito visto dalí.




O palácio é composto de mudança. Há sempre um recanto à espreita de ser explorado, ainda que eu me esteja sempre a repetir, por uma questão de coerência ou talvez medo ou esperança de poder avançar com confiança e, neles, me transformar.



Os meus amigos lá são todos passaros. Uns com asas outros com ramos e folhas. Por vezes parecem árvores, mas quem é que tem uma árvore como amigo?

Tenho um amigo especial lá que voa sempre sobre a minha varanda. É o freixo. O meu Freixo tem folha perene na Primavera e Verão e folha caduca no Outono e Inverno. È muito versátil aquela adulta ave.

O palácio tem diversão todos os dias! Especial destaque para o bailado das folhas de Outono, o rebentar da Primavera, a invasão do perfume tilia, os banhos rejuvenescentes de sol com vista pro rio…

Lá a lua nasce às vezes e outras vezes poe-se. Ta tudo organizado com o sol desde o inicio de cada ano, fora os espectaculos nublados que dão vida à concha acustica com “chuva para todos os gostos”.




















Não sei se o amor puro existe ou se é antes amor resultante do contraste com o mundo lá fora, mas casa é casa. É palácio. È mundo, é esférico, é fechado e grande. Grande que chegue.

quinta-feira, janeiro 25

Carta por escrever


Porto. 25 Janeiro de 2007
Oieh la la ra la!

Como vão as coisas por aí? Digo "por aí" porque nao sei onde andas. Deve ser por aí...
Escrever tem aquele saborzinho especial. Talvez seja como andar de bicicleta: o mundo passa mais devagar e pode apreciar-se com mais calma. Claro que isso implica que o nosso pensamento dê duas voltas ao universo por cada palavra que andamos. Parecido ao que se passa com o sentimento: tem uma velocidade tão grande e é tão lento e imperceptivel como o movimento de rotação da terra.
Ui ui... por falar nele, onde é que ele vai?! Pensamento! Pensamento! Pensamentoooo! Volta cá!
Sentimento! Sentimentoooo....
...olha esquece. Deixa-o ir... ele volta.

terça-feira, janeiro 16

patos... (pensou a gaivota)

sexta-feira, janeiro 12

Daily coincidence

Ainda ontem tava no café, com o ouvido intensificado e capacidade de filosofar de quem tem exame no dia seguinte, escutando as conversas do pessoal.
Fora a fumarada de que guardei recordações na roupa e pulmões, falava-se basicamente mal do país.
É incrivel como toda a gente fala e ridiculariza a classe política. Quase tão incrivel como a aceitação do ridiculo.

E hoje recebo a daily (que leio monthly) quote do krishnamurti que tem a ver com isso. Aqui vai pra quem quiser batutar a carola. (batutar= espetar lenta e vribantemente uma batuta no lobo cerebral direito)

=== JKrishnamurti.org - Daily Quote ===

Time arises only when there is approximation between action and idea.

For us, idea becomes extremely important, not action, and action is merely an approximation to the idea. Is it possible to act without idea and therefore no approximation at all at any time? This means really that one has to go into the question [of] why idea has taken the place of action. People talk about action: what is the right thing to do? The right thing to do is not an idea divorced from action, because then action becomes an approximation to the idea, and still the idea is important but not action. So how are you to act so completely, so totally, that there is no approximation, that you are living all the time completely? Such a person has no need of an idea, of concepts, of formulas, of methods. Then, there is no time but only action; time arises only when there is approximation between action and idea.
This may sound extravagant and absurd. But if you have gone into the question of thought, into the question of idea, and as you cannot live without action, you ask, �Is it possible to live without idea, without word, but only with action?� It is only when the mechanism of thought is understood that there is action which is not an approximation. Surely, if you think about this yourself, you will see what an extraordinary thing it is.

Collected Works, Vol. XIII - 44

sexta-feira, janeiro 5

E assim foram os dias. Os ultimos de 2006...






algo se aproxima...








frio frio frio frio frio


branco branco








farinha.
Montanha de farinha







mexe mexe


gira, que gira, gira gira, la vida





ta quase...


sweeeeeetttttttt






não é neve, não...

gelo, gelado, gelante






me...tree..


oui


iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii








beleza inalcançavél...















amanhecer na padaria...


bolinho rei pronto!











colega! tens uns trocos!?












familia ta a crescer...







tradição... caretos!





careto... ca...pitalista... ca....qua borrachos são!

gente boa!









À lareira é q se ta bém, aquece os pés e o coração






ah..há!

mi ciudad de un angulo diferente




tenativa criação

criar tentativa








experimentos!

better luck next year!








xoto!




esher

foto

rio

gelo

planta fofa

sol









meeeeemorieeessszz









pormenor,







do pormenor...









sollll...
foje do castelo!






partindo...

chegando..








adeus beijinhos.....







regresso, de partida, partida, no regresso!


UI UI... saudade vai e vem.











olha eles...
:)